quinta-feira, março 09, 2006

Deformação

Não há maior deformação do que uma janela aberta para o céu.

«O Espelho Falso» de Magritte, dá-nos o menos fiável deles. A imagem reflectida do nosso olho não somente vai invertida, como carregada dos temores, ou dos sonhos de cada um. Estas nuvens poderão ser mais ameaçadoras, ou tranquilizadoras, conforme a disposição de quem as viu. E o resultado poderia para nós variar, se exergássemos a expressão de quem mirou. Mas o centro corresponde sempre a um sol diferente e menos radioso do que o esperado...

6 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Secreto, mas Sábio.

...corresponde sempre a um sol diferente e menos radioso do que o esperado...

Os meus olhos sentem assim o sol.

BFS

2:06 da tarde  
Blogger Paulo Cunha Porto said...

Obrigado, também pela partilha.

10:36 da tarde  
Blogger Esvoaçante said...

E se ao centro não estiver o sol? Se fôr antes o domínio da densidade e do pro-fundo, como o mar ou o mistério...?

12:36 da manhã  
Blogger Paulo Cunha Porto said...

Sim, Mnemosine, é a dúvida despertada por esse objecto voador não identificado da sensibilidade que poderá atribuir o grau de hermetismo ou de peso que dificulte a determinabilidade imediata daquilo em que nos banhamos. Mas um Pormenor não foi referido pela Memória e pela Fonte das Inspiradoras: não será uma maneira de não deixarmos de estar nas nuvens?

10:49 da tarde  
Blogger Esvoaçante said...

hum... estamos sempre por lá, de uma ou de outra forma, com um ou outro «pé». Aliás, é lá que se desenham os sonhos. Depois, de lá se desce ou de lá se ascende (risos)

2:59 da tarde  
Blogger Paulo Cunha Porto said...

No Sentido da abstracção, claro que foi o que quis dizer, Insigne e Generosa Dispensadora da Espiritualidade. Porque me parece serem esses trajectos, ascendente ou de queda, consequência de fixações que com o "algodão do Céu" não se compadecem.
Atrevo-me a enviar-Vos um beijo, "huybris" fatalíssima deste mortal.

9:13 da tarde  

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