sábado, maio 13, 2006

O Direito ao Riso

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Quando contemplo «O Outro Eu», de Lewis Townsend, penso em como o divertimento que me surge, quando descubro manifestações da parte que em mim julgo oculta, pode ser exactamente o contrário para o estranho que paira junto desta pluralidade. Porque a descoberta por parte do outro que se aplica sem precauções é sempre sensação de ter saído defraudado, ao dar com o que não contava. Enquanto que o próprio sujeito não pode senão rir do vulto dobrado que se emboscava, sem saber que, há muito, era esperado. É bem certo que o que surpreende amplia o sofrimento.